21 de jan. de 2012

TPM em 4 fases


Eu tô procurando o autor para entregar um prêmio.

Segundo a visão masculina, dividiu-se a TPM em 4 fases principais:


Fase 1 – A Fase Meiguinha

Tudo começa quando a mulher começa a ficar dengosa, grudentinha... Bom sinal? Talvez, se não fosse mais do que o normal.
Ela te abraça do nada, fala com aquela vozinha de criança e com todas as palavras no diminutivo... A fase começa chegar ao fim quando ela diz que está com uma vontade absurda de comer chocolate. O que se segue, é uma mudança sutil desse comportamento, aparentemente inofensivo, para um temperamento um pouco mais depressivo.


Fase 2 – A Fase Sensível

Ela passa a se emocionar com qualquer coisa, desde uma pequena rachadura em forma de gatinho no azulejo em frente à privada, até uma reprise de um documentário sobre a vida e a morte trágica de Lady Di. Esse estágio atinge um nível crítico com uma pergunta que assombra todos os homens, desde os inexperientes até os mais escolados como o meu pai:

– Você acha que eu estou gorda?

Note que não é uma simples pergunta retórica. Reparem na entonação, na escolha das palavras. O uso simples do verbo “estou” ao invés da combinação “estou ficando”, torna o efeito da pergunta muito mais explosiva do que possamos imaginar. E essa pergunta, amigo leitor, é só o começo da pior fase da TPM. Essa pergunta é a linha divisória entre essa fase sensível da mulher para uma fase mais irascível.


Fase 3 – A Fase Explosiva

Esta é a fase mais perigosa da TPM. Há relatos de mulheres que cometeram verdadeiros genocídios nessa fase. Desconfio até que várias limpezas étnicas tenham sido comandadas por mulheres na TPM. Exagero à parte, realmente essa é a pior fase do ciclo tepeêmico. Você chega na casa dela, ela está de pijama, pantufas e descabelada. A cara não é das melhores quando ela te dá um beijo bem rápido, seco e sem língua. Depois de alguns minutos de silêncio total da parte dela, você percebe que ela está assistindo aquele canal japonês que nem ela nem você sabem o nome. Parece ser uma novela ambientada na era feudal. Sem legendas. Então, meio sem graça, sem saber se fez alguma coisa errada, você faz aquela famosa pergunta: “Tá tudo bem?” A resposta é um simples e seca: “Ta” sem olhar na sua cara.

Não satisfeito, você emenda um “tem certeza?”, que é respondido mais friamente com um rosnado baixo e cavernoso “teenhoo!”. Aí, como somos legais e percebemos que ela não tá muito a fim de papo, deixamos quieto e passamos a tentar acompanhar o que Tanaka está tramando para tentar tirar Kazuke de Joshiro, o galã da novela que...

– Merda, viu!? – ela rosna de repente.
– Que foi?

A Fase Explosiva acaba de atingir o seu ápice com essa pergunta! Sem querer, acabamos de puxar o gatilho. O que se segue são esporros do tipo:

– Você não liga pra mim! Tá vendo que eu tô aqui quase chorando e você nem pergunta o que eu tenho! Mas claro! Você só sabe falar de você mesmo! Ah, o seu dia foi uma merda? O meu também! E nem por isso eu fico aqui me lamuriando com você! E pára de me olhar com essa cara! Essa que você faz, e você sabe que me irrita! – você não sabe! – Aquele vestido que você me deu ficou apertado! Aaaai, eu fico looooouca quando essas coisas me acontecem! Você também, não quis ir comigo no shopping trocar essa merda! O pior de tudo é que hoje, quando estava indo para o trabalho, um motoqueiro mexeu comigo e você não fez nada! Pra que serve esse seu Jiu Jitsu? Ah, você não estava comigo? Por que não estava comigo na hora? Tava com alguma vagabunda? Aquela sua colega de trabalho, só pode ser ela. E nem pra me trazer um chocolate! Cala sua boca! Sua voz me irrita! Aliás, vai embora antes que eu faça alguma besteira! Some da minha frente!!

Desnorteado, você pede o pinico e sai. Tenta dar um beijinho de boa noite e quase leva uma mordida.


Fase 4 – A Fase da Cólica

No dia seguinte o telefone toca. É ela, com uma voz chorosa, dizendo que está com uma cólica absurda, de não conseguir nem andar. Você vai à casa dela e ela te recebe dócil, superamável. Faz uma cara de coitada, como se nada tivesse acontecido na noite anterior, e te pede pra ir à farmácia comprar um Atroveran, Ponstan ou Buscopan pra acabar com a dor dela. Você sai pra comprar o remédio meio aliviado, meio desconfiado. “O que aconteceu?”, você se pergunta. “Tudo bem” – você pensa – “Acho que ela se livrou do encosto”.
Pronto! A paz reina novamente. A cólica dobra (literalmente) a fera e vocês voltam a ser um casal feliz. Pelo menos até daqui a 20 dias...

P.S.: O PIOR NÃO É ISSO, O PIOR É QUE ELAS ESTÃO LENDO ISTO E ESTÃO DANDO RISADA!!! ESTÃO DIZENDO, SOU ASSIM MESMO.

9 de jan. de 2012

Depende do clima!

30°C
Baianos vão à praia, dançam, cantam e comem acarajé.
Cariocas vão à praia e jogam futebol.
Mineiros comem um “queijim” na sombra.
Todos os paulistas estão no litoral e enfrentam 2 horas de fila nas padarias e supermercados da região.
Curitibanos esgotam os estoques de protetor solar e isotônicos da cidade.

25°C
Baianos não deixam os filhos saírem ao vento após as 17h.
Cariocas vão à praia, mas não entram na água.
Mineiros comem um feijão tropeiro.
Paulistas fazem churrasco nas suas casas do litoral e poucos ainda entram na água.
Curitibanos reclamam do calor e não fazem esforço devido ao esgotamento físico.

20°C
Baianos mudam os chuveiros para a posição “Inverno” e ligam o ar quente das casas e veículos.
Cariocas vestem um moletom.
Mineiros bebem pinga perto do fogão a lenha.
Paulistas decidem deixar o litoral; começa o trânsito de volta para casa.
Curitibanos tomam sol no parque.

15°C
Baianos tremem incontrolavelmente de frio.
Cariocas se reúnem para comer fondue de queijo.
Mineiros continuam bebendo pinga perto do fogão a lenha.
Paulistas ainda estão presos nos congestionamentos na volta do litoral.
Curitibanos dirigem com os vidros abaixados.

10°C
Decretado estado de calamidade na Bahia.
Cariocas usam sobretudo, cuecas de lã, luvas e toucas.
Mineiros continuam bebendo pinga e colocam mais lenha no fogão.
Paulistas vão a pizzarias e shopping centers com a família.
Curitibanos botam uma camisa de manga comprida.

5°C
Bahia entra no armagedom.
Governo estadual lança a candidatura do Rio para as Olimpíadas de Inverno.
Mineiros continuam bebendo pinga e quentão ao lado do fogão a lenha.
Paulistas lotam hospitais e clínicas devido a doenças causadas pela inversão térmica.
Curitibanos fecham as janelas de casa.

0°C
Não existe mais vida na Bahia.
No Rio, governador veste 7 casacos e lança o “Ixxnoubórdi in Rio”.
Mineiros entram em coma alcoólico ao lado do fogão a lenha.
Paulistas não saem de casa e dão altos índices de audiência a Gugu, Luciana Gimenes, Faustão e Silvio Santos.
Curitibanos fazem um churrasco no pátio... antes que esfrie.

1 de jan. de 2012

Analisando 2011

Mais um ano que chegou ao fim. Mais uma volta que a Terra dá em torno do Sol. Mais 365 dias, 6 horas e sei-lá-quantos minutos dando a volta no Sol e não ficamos tontos. Bom, não a maioria de nós. Nessas horas ouvimos e damos (lá ele) nossos sinceros votos de felicidades, paz e prosperidade ao próximo. Nem sempre são sinceros, mas sempre queremos ser o próximo. É nesse momento também, no fechar de mais um ciclo, que nós, eu (que escrevi este texto), você (que está lendo) e o resto da humanidade fazemos uma avaliação do ano que se passou. Nem todos podem, tem oportunidade ou a paciência para escrever sobre. Enfim, segue aqui mais ou menos como foi o meu 2011.

No final de 2010 eu li no MSN e orkut de muita gente um desejo que 2011 humilhasse 2010 e, do jeito que as coisas estavam, tinha tudo para isso acontecer. "Mas a vida é uma caixinha de surpresa" como já disse o narrador da história de Joseph Climber. As coisas mudaram de tal forma que 2011 foi vergonhosamente humilhado por 2010, ao menos pra mim.

Sumi da EAUFBA, não por vontade própria, mas porque não peguei nenhuma disciplina lá. De certa forma foi até bom pra mim que isso acontecesse. Desde o segundo semestre de 2010 eu já vinha passando por uma fase introspectiva e estava numas de não querer ver muita gente, mas, tendo aula lá, ficava um tanto quanto difícil. Coincidiu de eu ter aula lá no mesmo período em que a minha introspecção ficou mais forte e necessária. Foi bom pra eu fazer novas amizades e descobrir quem são os meus amigos de verdade. Encontrei até a minha alma gêmea, mas isso é coisa pra um outro post. Mantive alguns dos antigos por perto (os que eu sabia que me fariam mais falta), mas, infelizmente não pude fazer isso com todos os que me fariam falta: somente com alguns.

Nesse período de auto avaliação eu fui “abandonado” por algumas pessoas que eu achava que gostavam de mim e, como eu não pude manter a minha dor só comigo, saí meio que “divulgando” isso nas redes sociais. Isso acabou fazendo com que pessoas que eu não via há muito tempo viessem a mim perguntando o que estava acontecendo comigo e porque eu estava daquele jeito. Mostrou que essas pessoas, as que me procuraram preocupadas, se importavam comigo mesmo que não nos víssemos há mais de um tempão, enquanto que outras que eu tinha um contato mais próximo, não quiseram tomar nem conhecimento sobre como eu estava. “Como vovó já dizia”: a gente sabe que são nossos amigos é na hora da dor. Minha avó tinha seus momentos de sabedoria. Tive bons amigos ao meu lado que me ajudaram a superar um momento não tão bom pra mim. Alguns me ajudaram sem nem saber que estavam fazendo isso. Agradeço muito a Deus por me dar amigos assim. Tive dois Marcelos que me ajudaram a superar isso também: Camelo e Jeneci. Baixei o disco de ambos e fiquei mais de um mês escutando seus respectivos álbuns. Senti na pele o que Manfredini Júnior quis dizer com "toda dor vem do desejo de não sentirmos dor".

Enfim as coisas mudaram, mas todo mundo muda: até a surda muda (ê piadinha infame). Duas cidades que nunca me atraíram – e que eu nunca escondi de ninguém – foram Rio e São Paulo. Fui à Sampa, me apaixonei pela cidade e volto pra lá facinho. Pessoas voltaram do além-túmulo e sumiram de novo (foi uma coisa bem clichê de novela da Globo). O setor em que eu trabalhava no estágio foi extinto e fomos todos defenestrados. Felizmente não foi no sentido literal da coisa, mas figurativamente.

Mas 2012 já está aí e sempre esperamos que as coisas mudem durante o ano. Algumas coisas não vão mudar: vou continuar prometendo pra mim mesmo que não vou deixar acumular material das aulas, mas vou continuar acumulando; Tammy vai me ligar direto de Paratinga pra "bater dois dedos de prosa" durante as férias; vou marcar e desmarcar várias vezes com Elmo uma ida a Feira de Santana sem nunca saber se iremos mesmo dessa vez; o mundo não vai acabar e vão inventar outra data para o fim do mundo; vou sumir para algumas pessoas e aparecer para outras. Uma coisa eu quero com todas as minhas forças que mude e eu vou fazer de tudo para acontecer: chegar atrasado nas aulas. Nem eu estava aguentando mais. Cruz-credo.

No mais é isso. Espero de coração que 2012 seja “fantárdigo” pra você e que ele humilhe o seu 2011. Se eu pedir que ele humilhe o MEU 2011 é covardia. Espero que 2010 seja humilhado por 2012. Com fim do mundo ou não.