19 de fev. de 2012

Carnaval 2010

Aquelas pessoas que me conhecem sabem que eu não gosto de carnaval. Na minha humilde opinião é um feriado que já deveria ter deixado de existir há tempos. Esse lance da política de pão e circo já está mais que batida. Particularmente eu prefiro ficar trancado em casa – uma vez que ainda não tenho dinheiro pra sair do país nesta época do ano – e nem ligo a TV, pois só se fala da folia de Momo não importando o canal e que se ligue. O que seria de mim sem meus livros, revistas, internet ou canais fechados?

Aconteceu de no carnaval de 2010 uma amiga, por quem eu tenho um grande apreço, carinho e amo muito saiu de Campo Grande/ MS pra conhecer o carnaval de Salvador. Ela já esteve pelas bandas da Soterópolis na Semana Santa de 2007, que foi quando eu a conheci pessoalmente – antes disso só a conhecia pelo orkut e MSN.

Como eu não gosto de carnaval, mas não podia deixar de ver Lesly, essa minha amiga tão amada, marquei com ela bem longe dos locais onde a festa ocorre em Salvador: no Shopping Iguatemi. Nos encontramos lá ela, eu, Doo (outro amigo nosso) e a namorada dele. Conversamos um pouco e matamos parte das saudades que sentíamos um do outro. Ela já tinha acertado com outros amigos nossos que ia encontrá-los no Largo 2 de Julho pra aproveitar o carnaval. Como ela não conhece bem a cidade, Doo ficou de levá-la até lá. A namorada dele foi pra casa, pois ia pra Avenida com o primo. E foi aí que a coisa começou a degringolar.

Fomos pegar o ônibus na Rodoviária e, quando chegamos lá, a namorada de Doo ligou pra ele dizendo que ele havia ficado com o CD dela. Me dispus a levar Lesly onde o restante do pessoal estava, já que Doo tira que voltar pra devolver o CD. O ônibus não tardou a passar e chegamos sem (quase) nenhum transtorno na Estação da Lapa. As maiores dificuldades foram termos ido em pé e o ônibus ter enchido com foliões indo para a festa.

A multidão de festeiros não chegou e me espantar, pois já esperava por isso, mas não sei se ela ficou assustada/espantada com a quantidade de gente subindo a ladeira como formigas indo em direção a uma mesa cheia de guloseimas. Coloquei a bolsa dela no meu pescoço, segurei-a pela mão e fomos enfrentar aquele mar de gente e o perigo de nos separarmos. Passamos pela Praça da Piedade e Av. Sete sem problemas. Na Av. Carlos Gomes o bloco Filhos de Gandhi havia terminado de passar, já fazendo o caminho de volta do circuito Dodô. Lesly até queria ter tirado fotos com eles, mas não deu tempo.

Encontramos o pessoal, fiz a social ficando um tempo lá e fui-me embora, mas voltei logo: Tomate, com o bloco Internacionais, estava passando na Carlos Gomes impedindo a minha passagem. Em sendo assim, resolvi voltar e ficar mais um pouco com o pessoal. Pouco depois ele resolveram ir ver os blocos passando enquanto eu fui embora outra vez.

Tomate já tinha ido embora quando passei na Carlos Gomes de novo e segui o meu caminho. Quando cheguei na Rua da Forca vi, pelos balões se aproximando, que havia mais um bloco chegando e pedi a Deus que não fosse um certo bloco, o pior que há para quem quer tentar passar para o outro lado. Era ele! De nada adiantaram minhas preces: era o Camaleão!!! Aquela desgraça daquele bloco tem uns 3km dos balões até o carro de apoio. Dali até o fim do bloco deve ter mais uns 2,5km.

A Rua da Forca é um beco sem vergonha que fica entre um banco e uma loja de eletrodomésticos e que liga a Av. Carlos Gomes à Av Sete/Praça da Piedade. Era tarde demais pra mim: não tinha mais como seguir em frente. Ainda tentei voltar, mas já tinha outro bloco – que eu não consigo me lembrar qual era – passando na Carlos Gomes. Aquele beco dos infernos foi enchendo de gente como acontece com qualquer bloco que passe no circuito. Mas não era qualquer bloco que estava passando: era o “Chicretão, mô pai”!

Continuei com minhas preces, dessa vez pedindo que o trio não parasse, mas, outra vez de nada adiantou pedir porque aquele filho da mãe do Bell Marques pediu pra parar quase que em frete de onde eu estava. Ele tornou a minha espera angustiante pra sair daquele lugar e deixar de ouvir Axé Music de “difícil” para “quase impossível”. Por sorte minha ele não ficou muito tempo parado e seguiu em frente – o que não quis dizer muito, pra bem da verdade. Só nessa “brincadeira” eu perdi de 20 a 30 minutos da minha vida ali, parado, espremido, com um calor que fazia a Rua da Forca parecer uma filial do inferno e ouvindo um estilo musical que não me agrada em nada. Contabilizando aí também o tempo que o carro de apoio levou parado na minha frente também. É a lei de Murphy comandando a minha vida, como SEMPRE faz. Tsc.

O fim do bloco vinha se aproximando, a rua foi esvaziando, já dava pra tentar dar alguns passos em qualquer direção e assim eu fiz. Fui caminhando em direção à saída da rua pra ver se ainda faltava muito pra eu poder ir embora daquele lugar e assim que eu vi uma brecha em que eu, magrelo que sou, poderia serpentear e sair dali fui ao seu encontro. E não me importou se eu tive que dar a volta em toda a Praça da Piedade. Tudo que eu queria era voltar pra casa. Como você pode imaginar, eu consegui. Caso contrário não teria narrado esta história.

 Com Lesly no Largo 2 de Julho.

4 de fev. de 2012

Tecnologias modernas de hoje em dia

Bons tempos os da câmera analógica e não se podia apagar as fotos depois de tiradas. A gente só sabia se tinha piscado quando tirou a foto depois de revelar o filme e aí já era. Não tinha mais como voltar atrás.

Outra coisa que me tira a paciência com as câmeras digitais são as pessoas que nem bem tiraram a foto e já sabem que não ficaram bem. Como é possível saber isso se o/a modelo não viu a foto direito? Viu a foto de relance na máquina e sabe que a foto não ficou boa! As vezes a pessoa nem mesmo viu a foto e já quer apagar pra tirar outra. Acredite, internauta: já vi isso acontecer!


Claro que existem aqueles casos que não tem reza brava que dê jeito. É feio(a) e vai ficar assim não importando a câmera, fotógrafo, cenário ou coisa parecida. Não tem J. R. Duran, Hans Donner nem Photoshop capaz de melhorar a situação.


Em contra partida a isso existe uma pequena parte da população — ou ao menos de conhecidos meus — que não está nem aí pra nada e nem se importa pra como saiu na foto o que importa mesmo é gravar aqueles momentos de diversão com os amigos. Ou isso ou se está com o nível de álcool no sangue alto o bastante pra não perceber a cara de bêbado que ficou na foto só reparando isso quando vê a mesma postada nas redes sociais.


Existe ainda um grupo menor de pessoas que não são tão belas quanto a sociedade/mídia acha que deveriam ser, mas saem bem nas fotos. Essas pessoas são as chamadas "fotogênicas". Ou isso ou são pessoas de baixa auto-estima e que se deixam influenciar por terceiros que ficam falando que estão, literalmente, bem na foto. E é nesse grupo, amigo leitor, que eu me enquadro. O grupo dos fotogênicos, eu digo.


De minha parte eu peço encarecidamente para que você deixe de besteira e pare de pedir pra apagar a bagaça da foto tenha saído bem ou não nela. Se você não faz isso, leitor, garanto que conhece pessoas assim. Nesse caso peço que NÃO apague as fotos. Pode até tirar outra, mas não apague a que te pedirem pra apagar.


Pode me chamar de antiquado e quadrado. É um direito que te assiste. Mas eu me reservo ao meu direito de não postar o seu comentário ofensivo. Como eu deixei bem claro no primeiro post do blog, só vou postar os comentários que me deixem bem na foto. E isso nunca fez tanto sentido.